O deputado estadual Antônio Passos (DEM) subiu à tribuna da Assembleia Legislativa na manhã de hoje, 17, para fazer uma reflexão sobre a inauguração da reforma realizada no Hospital Dr. Carlos Filho, de Ribeirópolis, que passou a ser chamada Clínica da Família Djalma Francisco de Lima. O parlamentar disse que durante o evento de inauguração da obra ele ouviu o discurso do vice-governador, Belivaldo Chagas, que afirmou que os governadores que forem eleitos não vão mais fechar o hospital do município. Passos lembrou que o hospital de Ribeirópolis passou por dois fechamentos: o primeiro ocorreu durante o governo de Albano Franco, logo após as eleições de 1998, e o segundo foi recentemente, na atual administração estadual, que fechou a instituição por 40 meses para construção da clínica. “Não sou contra as clínicas. Mas não concordei com a teoria de derrubar área administrativa e manter toda outra estrutura do hospital fechada. Agora, essa clínica da família passa a ser administrada pelo município de Ribeirópolis, que não é rico e sim de porte médio e precisa de recursos estaduais. Nesta transformação, o Estado economizou R$ 320 mil por mês, já que agora é o município que vai pagar esta conta”, alegou Antônio Passos. O deputado estadual disse que o Estado vai economizar cerca de R$ 12 milhões, já que Ribeirópolis é que será responsável em arcar com a manutenção da clínica. Antônio Passos falou que o ex-secretário de Saúde do Estado, o deputado estadual Rogério Carvalho (PT), é um grande economista, pois deixou de investir verbas durante o período em que o hospital ficou fechado e que agora os custos da clínica passam a ser assumidos pelo município de Ribeirópolis. “Se o governo não tem recursos para serem investidos na Saúde e na Educação é sinal de que vai piorar a qualidade nestas áreas. Porque para uma área avançar é preciso ter os recursos necessários. O hospital de Ribeirópolis, Dr. Carlos Filho, passou a ser denominado Djalma Francisco de Lima. O médico Carlos Filho foi um homem que fez um belíssimo trabalho e teve um final de vida triste, morto na rua de Campos, em residência, mas era um médico altamente humanitário. Ribeirópolis devia muito a ele. Ele era um homem importante para a medicina do Estado”, analisou Antônio Passos. O parlamentar disse que não tem nada contra o atual homenageado, Djalma Francisco de Lima, que foi seu colega de escola, mas defende que não precisava trocar o nome da instituição. “Se eu fosse prefeito de Ribeirópolis eu jamais concordaria em assumir um ônus tão grande: R$ 320 mil por mês para manter a clínica. Este dinheiro poderia ser investido em outra área. Daqui a pouco até os funcionários, que são do Estado, vão passar a ser pagos pelo município, porque isto já aconteceu antes. É preciso cuidar da saúde básica dos municípios e manter a estrutura do hospital que já prestou vários serviços em Ribeirópolis, realizando cirurgias, partos e que tinha até um centro radiológico e uma área de fisioterapia das mais modernas de Sergipe”, disse Antônio Passos, que informou que o Estado gastou R$ 950 mil na pintura do hospital, mas que deixou de prestar assistência aos pacientes durante 40 meses em que esteve fechado para reforma.
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