quinta-feira, 5 de agosto de 2010

DENARC E DIPOL DESATIVAM LABORATÓRIO DE MANIPULAÇÃO DE DROGAS E APREENDEM MAIS DE 15 KG DE COCAÍNA.


O Departamento de Narcóticos da Polícia Civil (Denarc), com apoio da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol), fechou pela primeira vez no Estado de Sergipe um laboratório de manipulação de substância entorpecentes no bairro Castelo Branco, em Aracaju. A operação realizada na noite desta quarta-feira, 4, prendeu dois traficantes e apreendeu 15 quilos de cocaína, uma prensa hidráulica, um Ford Fiesta, de placa JMN-1617, R$ 3 mil em dinheiro e um caderno com nomes dos compradores da droga.

Durante a ação policial foram presos Bruno Almeida Cruz, 27 anos, que estava em liberdade condicional após ser condenado pela prática de assalto, e Julio César Rodrigues dos Santos, 25 anos, conhecido por “Sapinho”, que era fugitivo do sistema prisional desde abril deste ano. Bruno realizava roubos conhecido como ‘saidinha de banco’ na porta da Caixa Econômica Federal, da Barra dos Coqueiros. Porém, após ficar um ano na prisão foi solto e desde então voltou a praticar novos crimes.

De acordo com o delegado Osvaldo Rezende, as investigações para prender os traficantes iniciaram há cerca de três semanas. Nesse período, a polícia acompanhou diariamente a rotina dos suspeitos, inclusive nos períodos noturnos, de modo que fosse possível mapear todos os passos e modo de atuação dos traficantes. Após a fase de investigação, Bruno e Júlio César acabaram presos ontem na avenida Euclides Figueiredo, próximo ao SESI, em um veículo Fiesta.

Durante a vistoria, os policiais encontraram um revólver calibre 38, dois tabletes de cocaína, além dos R$ 3 mil. O material estava escondido em um compartimento do carro (step). Na casa dos traficantes, além da droga, os policiais se surpreenderam ao encontrar fitas adesivas, formas de madeira e ferro, produtos químicos, luvas e espátulas.

“Ficou devidamente comprovado pelas investigações que os flagranteados recebiam a cocaína em um estágio anterior ao produto final, ou seja, ela vinha pura e aqui os traficantes misturavam o pó com outros materiais para aumentar sua margem de lucro, enganando, inclusive, os seus próprios clientes”, explicou o superintendente da Polícia Civil, delegado João Batista.

Laboratório – O delegado Osvaldo explicou que o laboratório não tinha condições de produzir drogas químicas, mas era imprescindível para misturar a cocaína, que provavelmente vinham da Bolívia ou da Colômbia, cm outros materiais. “O processo de refino da cocaína demanda uma grande estrutura e para o traficante é mais interessante, economicamente, que ele esteja mais próximo do produtor inicial porque assim aumentam sua margem de lucro”.

Bruno e Júlio César estão presos no Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope) e de lá serão transferidos para o sistema prisional sergipano.

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