quinta-feira, 6 de maio de 2010

LÍDER DA OPOSIÇÃO COBRA EXPLICAÇÕES DA PREFEITURA MUNICIPAL DE ARACAJU SOBRE EUNICE WEAVER.

O líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), ocupou a tribuna na manhã de hoje (06) para cobrar do prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PCdoB), explicações sobre os convênios firmados pelo município com a ONG Sociedade Eunice Weaver. Munido de uma entrevista do interventor da entidade, o contabilista Renato da Silva Barreto, dando conta que não fará profundas investigações sobre a parceria com a PMA, Venâncio questionou a funcionalidade da pessoa do interventor e a quem interessa sua indicação.

“O deputado estadual Augusto Bezerra (DEM) fez uma denúncia grave sobre o repasse de R$ 29 milhões da Prefeitura de Aracaju para a Sociedade Eunice Weaver. Esse é um montante que poucas prefeituras têm em termos de orçamento para administrar a educação do município anualmente. A Justiça decretou a intervenção nomeando o interventor. Mas quando se pergunta sobre a ONG, o prefeito de Aracaju foge desse assunto como o ‘diabo foge da cruz’. Ele diz que a PMA não tem nada a ver. E quem assinou os convênios com a ONG? Foi a PMA através de Edvaldo Nogueira”, colocou o líder da oposição.

Em seguida, Venâncio Fonseca disse que o dinheiro repassado é público e “enquanto o prefeito de Aracaju não vier a público para mostrar a transparência dos convênios que foram feitos e como foi gasto esse dinheiro, nós vamos ficar cobrando. O homem público tem que dar satisfação, goste ou não. E, após tomar posse, o interventor deu uma entrevista preocupante. Disse que não vai apurar o rombo dos R$ 29 milhões. Apenas vai suspender os contratos que foram feitos. Esse assunto não pode morrer. O dinheiro que vai ser repassado vai ser esquecido? E quanto as denúncias de irregularidades? Ele disse que a prioridade não é realizar a auditoria, mas garantir o funcionamento da ONG. Esse interventor foi escolhido por quem para não querer apurar as coisas ou para querer jogar a sujeira embaixo do tapete vermelho?”, questionou.

Venâncio ainda disse que a sociedade está inconformada com esta situação em torno da ONG Sociedade Eunice Weaver. O deputado cobrou a devida apuração até para que a instituição não fique desacreditada. “Tem que vir a público para explicar os gastos com convênios. Tem que esclarecer tudo, se é regular ou não. Os R$ 29 milhões saíram do bolso do povo. Tem que provar que os cursos foram feitos dentro da legalidade. Não podemos silenciar diante de um dos maiores escândalos de repasses de recursos públicos para uma entidade. Edvaldo tem que ter responsabilidade como administrador de um ente público em conceder uma satisfação à sociedade”, colocou.

Em aparte, o deputado estadual Arnaldo Bispo (DEM) disse que “é preciso saber quem indicou esse interventor. Foi a Justiça ou a própria instituição? Já há o comentário de que esse interventor já era contador da Sociedade Eunice Weaver. Acho que isso deve ficar melhor explicado. Qual o interesse desse interventor em fazer uma auditoria meticulosa na ONG?”, acrescentou.

Educação – Durante seu pronunciamento, Venâncio também cobrou do governo do Estado o envio do projeto da gestão democrática que, já quarto ano do governo, ainda não foi enviado. “Os petistas cobravam e queriam implantar no governo passado. A minha posição é clara e ela não estava no programa educacional na gestão anterior. O PT passou quatro anos querendo implantar no governo dos outros, mas vocês ganharam o governo e, até agora, nada. No discurso o PT é uma coisa, mas na prática é outra! Essa é a prova que estão gostando das indicações e do loteamento. E a oposição agora não pode cobrar? Vocês querem ser situação e oposição ao mesmo tempo!”.

Segurança Pública – Venâncio Fonseca também respondeu ao deputado Francisco Gualberto (PT) sobre a polêmica criada em torno do reajuste da Polícia Militar. “O deputado Gualberto diz que tem a assinatura dele nos contracheques dos policiais. Mas lá estão as assinaturas de todos os 24 deputados estaduais”.

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