Foto: Jadilson Simões
A polícia sergipana apresentou na tarde desta quarta-feira, dia 28, no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o assassino do cabo da Polícia Militar Hélio Menezes de Andrade, que foi morto na noite desta terça-feira, dia 27, na rua I, no bairro Piabeta, em Nossa Senhora do Socorro. Jonatas Santos Souza, 24 anos, matou o policial com três tiros na cabeça e não ofereceu nenhuma possibilidade de reação à vítima.
De acordo com o coronel Maurício Iunes, comandante do Policiamento Militar da Capital, a intenção de Jonatas e de um comparsa, que estava com ele minutos antes do crime, era assaltar uma mercearia que fica no bairro. Há informações de que o acusado passou o dia inteiro estudando o movimento do estabelecimento, mas em determinado momento o comparsa desistiu porque avistou o policial militar que estava na mercearia. “O cabo era parente do comerciante, por isso era visto com freqüência na localidade. Além disso, acreditamos que esse suspeito também conhecia o cabo e evitou se expor”, explicou.
Com a desistência do comparsa, Jonatas resolveu entrar no estabelecimento sozinho e para não ter reação já chegou com a arma em punho, disparando três tiros fatais contra o militar. “Com o policial já morto, o acusado roubou o revólver do policial e fugiu do local”, explicou o oficial.
Testemunhas informaram ao Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) que observaram o acusado pegando um ônibus da empresa VCA de prefixo 8095, que possuía circuito interno de vídeo. De posse das informações, a polícia fechou o cerco contra Jonatas. O Ciosp, por sua vez, foi acionado por populares e de imediato acionou todas as viaturas próximas. A perseguição começou durante à noite e por volta das 2h da madrugada, a polícia recebeu uma informação de que o suspeito estaria em uma fazenda de camarões, cerca de mil metros do local do crime.
Os policiais deslocaram equipes da Companhia da Radiopatrulha e do 5º Batalhão da PM para realizar diligências. Uma hora depois, o suspeito foi preso e já às 5h da manhã, os policiais encontraram, perto do local da prisão, o revólver 38 de numeração 0F285696 de propriedade da PMSE, porém acautelado em nome do cabo Hélio. “Ainda não encontramos a arma do crime, mas deveremos encontrá-la nas próximas horas”, explicou o delegado Everton Santos.
Nome falso – No momento da prisão, o acusado apresentou o nome de Fabiano Souza Santos, que é seu irmão. “A intenção dele era evitar ser preso, tendo em vista que se encontra em liberdade condicional justamente por ter cometido outro homicídio”, disse Everton Santos.
A partir de agora, a polícia vai se concentrar na prisão do comparsa. “O fato de ter roubado a arma do militar fez com que nós o indiciássemos por latrocínio, cuja pena varia de 20 a 30 anos de prisão”. Outra peça de investigação da Polícia será a informação surgida hoje à tarde de que o acusado pode ter cometido um estupro há alguns anos. “Vamos averiguar essa informação e apurar com todo rigor”, conclui Everton.
O coronel Mauricio Iunes aproveitou a imprensa para recomendar os assassinos do sargento Genilson de Jesus Menezes, morto a tiros no bairro Industrial há oito dias, a se entregar. “Estamos fechando o cerco e antes que eles sejam presos é melhor se entregarem”, aconselhou Iunes.
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