DEPUTADO FRANCISCO GUALBERTO DIZ QUE ESTÁ TRANQUILO E CONSCIENTE DE SEU PAPEL ENQUANTO LÍDER DA BANCADA.

De fato, o clima na Assembleia Legislativa não vem sendo dos melhores nas últimas duas semanas. O combustível para tudo isso, é lógico, chama-se Tensão Pré-Eleitoral, onde cada um dos 24 parlamentares buscam a todo custo uma espécie de fortalecimento para seguir com seus mandatos a partir do próximo ano. Portanto, o competente deputado Venâncio Fonseca, que lidera a oposição na Casa, encharca-se de equívocos quando diz que o colega líder da situação, Francisco Gualberto, “não tem mais argumento para debater com a oposição”. Muito pelo contrário.

Há tempos Gualberto vem mostrando com clareza os equívocos da oposição quando critica principalmente o sistema de saúde pública em Sergipe. Em governos passados, sustentados pelo próprio Venâncio, as coisas eram bem piores. Os números mostram isso com clareza. Quanto ao caso dos R$ 29 milhões da Eunice Weaver, Gualberto e todo mundo sabe que a única intenção do senhor Venâncio e Cia e desgastar a administração de Edvaldo Nogueira em Aracaju e por tabela a de Marcelo Déda. Aliás, Aracaju virou alvo de criticas da oposição justamente por causa da última pesquisa Ibope sobre intenções de voto para o governo. A surra de Déda em João Alves é mesmo para preocupar o time do DEM.

Já os problemas enfrentados por famílias carentes vítimas das chuvas, “sobretudo as que residem no Coqueiral, Santa Maria e Zona de Expansão”, também vêm sendo tratados com dedicação e cautela por parte do poder público. Tudo o que está sendo possível fazer no momento, certamente vem sendo feito por todos os órgãos envolvidos no caso. Não dá é para ficar passando a mão na cabeça daqueles que fazem a política do ‘quanto pior, melhor’, e ainda ter que conviver com ‘raposas’ que bebem ‘caldinho de miséria’ todos os dias tentando se fortalecer politicamente. Certamente o atual governo tem coisas mais sérias a tratar, já que o Estado vem sendo praticamente refeito nos últimos três anos. Em todos os sentidos administrativos.

Agora, Francisco Gualberto nem ninguém merece é assistir as investidas de Augusto Bezerra utilizando literalmente a miséria do povo para construir seu palanque político. Um homem que nunca se preocupou em ajudar ninguém, nunca demonstrou sua sensibilidade misantrópica, nunca deu vez à sua veia social, se é que ela existe, vem agora posar de guardião da moralidade. Aí já é demais. O debate precisa ser feito sim, e vem sendo feito, mas no campo das idéias. O desespero político de uns não pode suplantar a lógica da política no parlamento. Isso é fato.

O caso envolvendo a deputada Susana Azevedo é emblemático. Há tempos a parlamentar vem se comportando de forma no mínimo estranha, já que integra a bancada governista e conta com suas benesses para tal. O líder Francisco Gualberto nunca a destratou, como a nenhum outro parlamentar, e no episódio citado por Venâncio procurou apenas orientar melhor a colega. Até para não ficarem passando por constrangimentos ao ter que votar favoráveis aos vetos governamentais que vêm sendo uma constante. Não é que a deputada tenha que pedir ao governador para apresentar seus projetos de lei, mas sim que tenha cuidado com a observação do chamado ‘vicio de iniciativa’. Ou seja, há projetos de grande valia para a sociedade, pensados pelos parlamentares, mas que a iniciativa da apresentação só pode partir do Executivo. Está na Constituição, mas alguns deputados fazem de conta que não sabem.

No mais, é importante ressaltar que o parlamento sempre foi uma Casa onde o debate é bem vindo. Principalmente o bom debate, como bem sabe o deputado Venâncio Fonseca, pois já esteve em todos os lados possíveis na atuação parlamentar e agora sabe como ninguém tirar proveito da situação. Quanto ao aguerrido líder Francisco Gualberto, é bom deixar claro que em momento algum ele “cansou, e está perpassando este cansaço ao Poder Legislativo”, como diagnosticou o opositor. Gualberto está tranqüilo e muito seguro de si, principalmente no que diz respeito ao cumprimento de suas tarefas enquanto líder de bancada.