quarta-feira, 20 de outubro de 2010

PROFESSORES DE QUATRO MUNICÍPIOS AINDA EM GREVE.

Os professores de Brejo Grande, Pirambu, Aquidabã e Itabaianinha continuam em greve. Os motivos para interrupção das atividades são semelhantes: melhores condições de trabalho e Piso Salarial.

Em Itabaianinha os educadores estão em greve há 69 dias. A situação no município é complexa. A administração municipal não implantou quaisquer aspectos da lei 11.738/2008, apesar de ter lei municipal aprovada e sancionada pelo prefeito para implantação do piso para a rede.

Desde a aprovação da lei municipal que os educadores tentam negociar sem sucesso com o prefeito Joaldo Lima Carvalho, por isso acabaram decidindo pela greve.

Mesmo assim o prefeito não abre o canal de diálogo e ainda penaliza os professores cortando o salário do mês de setembro, apesar de não haver decisão judicial declarando a greve como ilegal. A ação autoritária do prefeito não prejudica somente os professores, mas também o comércio local, pois sem os salários os educadores não podem cumprir compromissos financeiros.

“Os professores estão em greve por culpa do prefeito, pois o que falta é vontade política para cumprir a lei aprovada pela Câmara de Vereadores e sancionada por ele”, disse Maria Barroso, vice-presidente do SINTESE.

Nesta quinta, 21, acontece a “Feijoada da Resistência” a partir das 8h em frente ao prédio da prefeitura. No mesmo dia haverá também reunião da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa com membros da administração municipal.

Aquidabã

Em Aquidabã os educadores estão em greve desde o início do mês. Eles reivindicam a revisão do Piso Salarial, lá a lei só foi aplicada no que concerne a integralização de 2/3 do valor do piso em 2009 (R$950).

A administração protela a negociação e foi preciso pedir intervenção do Ministério Público para que o sindicato tivesse acesso às folhas de pagamento dos professores e servidores, para que partir dos dados o SINTESE apresentasse uma proposta para a integralização do piso salarial de R$1.024,67.

Pirambu

Os professores de Pirambu aguardam que a administração municipal faça a atualização do valor do piso. Desde o início do ano que há tentativas de negociação por parte dos educadores, mas a resposta do prefeito José Nilton de Souza é que não há recursos, mas a comissão de negociação do SINTESE quando teve acesso às folhas de pagamento o sindicato percebeu que há condições de fazer a revisão do piso, basta que a administração corrija as irregularidades.

“Em todos os municípios onde os professores estão em greve há condição de pagar o piso o que falta é vontade política dos administradores”, finaliza Lúcia.

Brejo Grande

É outro município onde a situação entre professores e administração municipal é tensa. Não há piso salarial e a proposta apresentada pela prefeitura extermina a carreira dos professores. Isso sem contar que vai de encontro a lei do Fundeb, pois se for aplicada o município vai utilizar menos de 60% do recurso para o pagamento dos salários dos educadore.

Há discrepâncias na rede de Brejo Grande, uma das principais é o alto número de professores contratados, há 68 educadores contratados e somente 37 efetivos.

“A proposta da prefeitura é tão desvantajosa para a categoria que para alguns professores surtirá o efeito contrário, acarretando em perdas salariais ao invés de reajuste”, disse Alecsandra Alves.

Fonte: Sintese

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