O Brasil perdeu R$ 50 bilhões em investimentos previstos para o período entre 2009 e 2012. É o que informa estudo sobre perspectivas de investimento que acaba de ser divulgado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O banco leva em consideração dados públicos das empresas e informações obtidas por seus analistas. A pesquisa começou a ser feita em agosto de 2008, foi repetida em dezembro e voltou a ser feita no mês passado.
Segundo o levantamento de agosto, de 2009 a 2012 os investimentos previstos mapeados pelo banco somavam R$ 731 bilhões. Ou seja, em um ano a expectativa de investimentos no Brasil caiu 7%. Há um ano, um mês antes da quebra do quarto maior banco americano, o Lehman Brothers, a cifra chegava a R$ 781 bilhões.
Mas os números já estiveram piores. Em dezembro, no auge da crise econômica, o banco apontou para uma previsão de investimentos da ordem de R$ 688 bilhões.
"A crise impactou bastante na trajetória de investimentos, principalmente porque o Brasil vinha do maior ciclo de investimentos dos últimos 30 anos", explica o chefe da Secretaria de Assuntos Econômicos do BNDES, Ernani Teixeira Torres Filho. Para ele, a recuperação de fato só deve ocorrer daqui a dois anos, "mas o pior já passou".
Quem mais recuou nos planos foram os setores mais dependentes das exportações e, portanto, os que perderam vendas com a retração do consumo internacional, explica Fernando Pimentel Puga, um dos coordenadores da pesquisa.
Em um ano, o setor que teve a maior queda na perspectiva de investimento foi o siderúrgico, com queda de 52,5%.
A segunda maior redução ocorreu entre as empresas de papel de celulose, que cortaram pela metade a meta de investimento. Na sequência estão o automotivo (corte de 40%), de mineração (corte de 37%) e eletroeletrônica (corte de 11%).
O único setor que apresentou alta em 12 meses, de modestos 3%, foi o petroquímico. Em boa parte o acréscimo tem a ver com os projetos da Comperj (no Rio de Janeiro), principalmente, e do Complexo de Suape, em Pernambuco.
Apesar dos ajustes, a atividade de extração mineral é a que prevê o maior volume financeiro até 2012; R$ 46 bilhões. O segundo maior volume vem das petroquímicas, com R$ 33 bilhões. No fim da lista está o setor de papel e celulose, grande exportador, com uma estimativa, segundo o BNDES, de aportar R$ 6 bilhões nos próximos três anos.
No segmento de energia elétrica não houve alteração na previsão de investimentos desde o começo da crise. A estimativa se mantém em R$ 119 bilhões. Segundo Puga, isso acontece devido aos projetos que já estão em andamento.
"Assim como ocorre com a área de petróleo e gás, não se interrompe o investimento em projetos desse tipo pela metade", explica.
As ferrovias contaram até com um reforço de caixa de um ano para cá - em boa parte devido ao projeto do trem-bala entre São Paulo e Rio de Janeiro. "O cenário global é bom, dado o tamanho da crise", argumenta Gilberto Rodrigues Borça Junior, que participou do estudo.
Fonte: Agência Estado
O banco leva em consideração dados públicos das empresas e informações obtidas por seus analistas. A pesquisa começou a ser feita em agosto de 2008, foi repetida em dezembro e voltou a ser feita no mês passado.
Segundo o levantamento de agosto, de 2009 a 2012 os investimentos previstos mapeados pelo banco somavam R$ 731 bilhões. Ou seja, em um ano a expectativa de investimentos no Brasil caiu 7%. Há um ano, um mês antes da quebra do quarto maior banco americano, o Lehman Brothers, a cifra chegava a R$ 781 bilhões.
Mas os números já estiveram piores. Em dezembro, no auge da crise econômica, o banco apontou para uma previsão de investimentos da ordem de R$ 688 bilhões.
"A crise impactou bastante na trajetória de investimentos, principalmente porque o Brasil vinha do maior ciclo de investimentos dos últimos 30 anos", explica o chefe da Secretaria de Assuntos Econômicos do BNDES, Ernani Teixeira Torres Filho. Para ele, a recuperação de fato só deve ocorrer daqui a dois anos, "mas o pior já passou".
Quem mais recuou nos planos foram os setores mais dependentes das exportações e, portanto, os que perderam vendas com a retração do consumo internacional, explica Fernando Pimentel Puga, um dos coordenadores da pesquisa.
Em um ano, o setor que teve a maior queda na perspectiva de investimento foi o siderúrgico, com queda de 52,5%.
A segunda maior redução ocorreu entre as empresas de papel de celulose, que cortaram pela metade a meta de investimento. Na sequência estão o automotivo (corte de 40%), de mineração (corte de 37%) e eletroeletrônica (corte de 11%).
O único setor que apresentou alta em 12 meses, de modestos 3%, foi o petroquímico. Em boa parte o acréscimo tem a ver com os projetos da Comperj (no Rio de Janeiro), principalmente, e do Complexo de Suape, em Pernambuco.
Apesar dos ajustes, a atividade de extração mineral é a que prevê o maior volume financeiro até 2012; R$ 46 bilhões. O segundo maior volume vem das petroquímicas, com R$ 33 bilhões. No fim da lista está o setor de papel e celulose, grande exportador, com uma estimativa, segundo o BNDES, de aportar R$ 6 bilhões nos próximos três anos.
No segmento de energia elétrica não houve alteração na previsão de investimentos desde o começo da crise. A estimativa se mantém em R$ 119 bilhões. Segundo Puga, isso acontece devido aos projetos que já estão em andamento.
"Assim como ocorre com a área de petróleo e gás, não se interrompe o investimento em projetos desse tipo pela metade", explica.
As ferrovias contaram até com um reforço de caixa de um ano para cá - em boa parte devido ao projeto do trem-bala entre São Paulo e Rio de Janeiro. "O cenário global é bom, dado o tamanho da crise", argumenta Gilberto Rodrigues Borça Junior, que participou do estudo.
Fonte: Agência Estado
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