terça-feira, 23 de março de 2010

DEPUTADO VENÂNCIO FONSECA DIZ QUE GOVERNO DO ESTADO COLOCOU O "TREM BALA" PARA FUNCIONAR.

O líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), ocupou a tribuna na tarde de hoje (22) para afirmar que a abertura de vagas para contratações temporárias para a Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) confirma a tese da oposição, levantada ainda em 2009, de que o governo do Estado "colocou o seu ‘trem bala’ para funcionar. É a brecha existente naquele projeto eleitoreiro que nós denunciamos aqui”, alertou.

Venâncio se refere ao projeto de autoria do Poder Executivo, aprovado em 2009, que dispõe sobre a contratação de servidores, por tempo determinado, para atender a necessidade temporária do serviço, em casos de excepcional interesse público, na administração pública direta e indireta, inclusive fundacional, do Estado de Sergipe.

“Nós vimos aqui na tribuna o ‘esforço’ do deputado Rogério Carvalho (PT) e eu admiro. Ele tem uma garra para defender a Saúde, e acredito que imbuído dos bons propósitos, mas não vem dando certo. A política de Saúde implantada por Rogério e por Marcelo Deda atravessa um caos total. E quem diz isso é a classe médica, por exemplo, através de seu líder sindical, José Menezes. Em Propria a comunidade chama o hospital de Matadouro! E Rogério cometeu o ato falho ao dizer que a oposição precisa ter cuidado para não criar o pânico sobre a saúde pública”, acrescentou o líder da oposição.

Venâncio disse ainda que “nós nunca tivemos uma situação como essa na Saúde. Chamam o hospital de ‘Huse’ agora. Pela quantidade de gente que está morrendo, se chamarem de João Alves Filho pode até ficar perigoso para o ‘negão’. Depois veio a história da morte do autônomo Jairo Ferreira, que Rogério disse que a culpa é do cidadão e de seu família. Mas a diretora do hospital disse em entrevista que o povo não deve procurar o Hospital às 7 horas, às 13 horas e às 19 horas. E o cidadão vai escolher a hora para ter um infarto ou outro problema de Saúde? Isso existe? A diretora reconheceu a falha do hospital, agora se o inquérito vai dar culpa ao falecido, ele já morreu e não tem como se defender”, ironizou.

Em seguida, Venâncio que quase todos os médicos são contrários com o modelo de gestão de Saúde atual. “Falando daquela fila da vergonha e da humilhação no Iate Clube. Quem não lembra da aprovação da lei que dizíamos que tinha brecha para o trem, para o metrô? Gualberto se esgoelou aqui! Disse que era só em casos de calamidade. Agora a realidade é outra. O governo fez um concurso para três mil pessoas em uma Fundação que só tem quatro meses de vida e já precisa de mais duas mil pessoas. Ou falta planejamento ou é sabedoria. Isso não é um metrô. É um trem bala! É a indicação através do bilhetinho! Aqueles coitados que ficam nas filas estão apenas cobrindo quem já está trabalhando”, denunciou.

“Daqui a pouco vem o trem bala da Educação. A maioria das escolas da rede estadual ainda estão fechadas, sem aulas. Essa vai ser a desculpa. Essa questão de currículos é uma vergonha! Os concursados na fila? Para um governo que tanto critica os demais isso é uma vergonha! Imagine uma fila daquela em um governo de João Alves Filho (DEM) ou de Albano Franco (PSDB)? Agora se fosse decretada calamidade pública na Saúde de Sergipe, aí tudo bem! As contratações por currículos poderiam ser feitas. Agora, caso contrário, é pura politicagem. Se em Aracaju a coisa está assim, imagine no interior do Estado?”, questionou, sendo aparteado pelos deputados Goretti Reis e Arnaldo Bispo (ambos Democratas).

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