quinta-feira, 25 de março de 2010

GUALBERTO DIZ QUE VENÂNCIO FAZ INSICUAÇÕES CONTRA A JUSTIÇA ELEITORAL.

A queixa da oposição na Assembleia Legislativa em relação ao processo que pede a cassação do mandato da senadora Maria do Carmo (DEM), foi classificada como infeliz pelo deputado Francisco Gualberto (PT), líder da situação. Segundo ele, houve infelicidade no pronunciamento de Venâncio Fonseca (PP), quando insinuou uma suposta concessão do Poder Judiciário em benefício do ex-senador e atual presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra.

"Ele (Venâncio) disse que o PT precisa garantir um mandato para Dutra em Brasília, que estaria tendo dificuldades para ser eleito deputado federal por Sergipe. E a solução, segundo ele, é cassar o mandato de Maria para que Zé Eduardo assuma a vaga”, detalhou Gualberto. “Será que o deputado insinuou que o Poder Judiciário cassará o mandato da senadora para atender esse roteiro descrito por ele mesmo?”, questionou o parlamentar petista.

"É uma pergunta que ele (Venâncio) deve esclarecer, acredito. É uma insinuação grave. Se o PJ vai cassar uma senadora para que o nosso companheiro de partido assuma o mandato, se essa for a lógica, ele está querendo dizer que o Judiciário está totalmente descaracterizado”, justifica Francisco Gualberto, cobrando mais clareza nos debates políticos.

O processo contra a senadora Maria do Carmo corre na justiça eleitoral desde 2006, logo após a eleição. Na representação, é dito que a senadora se utilizou da máquina administrativa, através de ambulâncias do Samu Estadual expostas em carreatas, para conquistar votos na capital e no interior e consequentemente ser eleita. “Mas seja qual for o resultado do julgamento, vamos entender como ato natural do Judiciário”, disse Gualberto.

O líder governista também fez questão de lembrar que durante todo esse processo envolvendo o nome da senadora, nenhum parlamentar de sua bancada sequer citou o problema de saúde enfrentado por ela durante os últimos anos. “Depois que tomamos conhecimento do estado de saúde da senadora, nenhum parlamentar fez alusão ao fato durante os embates políticos. Isso porque nós respeitamos a vida humana e o momento delicado de uma pessoa que estava passando por um problema de saúde",
garantiu.

Por último, Gualberto afirmou que existe diferença entre os interesses nos processos que envolvem tanto Maria do Carmo quanto o governador Marcelo Déda (PT), que também enfrenta problemas com a justiça eleitoral em Brasília. “No começo, o DEM afirmava que não tinham nada a ver com o processo que pede a cassação de Marcelo Déda, pois foi o PAN que havia entrado com a ação na justiça. Depois, através de uma fusão, Gilton Garcia assumiu o controle do PAN e foi a Brasília dizer que não tinha mais interesse naquele processo”, relembra. “Aí foi que caiu a máscara do DEM e o próprio João Alves assumiu que tinha mantido o interesse pelo processo. Portanto, essa é a diferença”, explicou.

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