LÍDER DA OPOSIÇÃO ALERTA PARA "TREM DA ALEGRIA" NA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO.

Foto:  Maria Odília

O deputado estadual e líder da oposição na Assembleia Legislativa, Venâncio Fonseca (PP), disse nesta quinta-feira, 25, que a Secretaria de Estado da Educação adotará o mesmo procedimento da Secretaria de Estado da Saúde, realizando contratações através de curriculum, vistas pelo parlamentar como um 'trem da alegria', também chamado pelo oposicionista de 'trem sem bala'.

Venâncio disse que no site de notícias Infonet, em texto assinado pelo jornalista Ivan Valença, o secretário de Educação, José Fernandes de Lima, anuncia a realização de contratações através de processo seletivo, o mesmo procedimento adotado pela Saúde. “O secretário disse que não fará mais contratações temporárias e que espera a autorização da Secretaria de Administração para realizar as contratações ao modo do que a Secretaria de Saúde está fazendo. A mesma coisa”, alertou.

De acordo com o líder da oposição, as inscrições não serão centralizadas e sim realizadas em cada diretoria regional de Educação (DR). “Será um trem em cada diretoria regional. Não há ainda data para esse processo. O professor Fernandes de Lima reclama que faltam professores e que é preciso realizar o processo seletivo simplificado, que é um 'concurso simplificado'. Nunca vi isso. Com curriculum? Sem fazer provas, sem fazer concurso, nada”, indagou o deputado, que enxerga irregularidade na proposta. “É outro trem, um vagão em cada DR”, denunciou. Para Venâncio, o governo não faz planejamento e as secretarias enfrentam a falta de servidores, como professores e merendeiras. “Falta tudo e agora fazem contratações imorais”, argumentou.

Médicos

O líder da oposição uso a Tribuna também para prestar solidariedade aos médicos que trabalham no Hospital João Alves Filho (HJAF), acusados de faltar propositalmente ao plantão de Natal de 2009. O parlamentar disse que a categoria foi alvo de um queixa policial prestada pela direção do hospital. Os médicos foram inocentados pelo inquérito que analisou o caso.

“Os médicos foram agredidos com a denúncia. O inquérito provou que não houve nenhuma irregularidade. Foi uma denúncia caluniosa, injuriosa, querem tirar a responsabilidade da direção do hospital e do governo, que são os verdadeiros culpados pela situação de calamidade em que se encontra o hospital”, declarou Venâncio, que prestou solidariedade ainda aos moradores de uma invasão do bairro 18 do Forte, ameaçados de despejo. Os moradores estavam nas galerias da Alese protestando contra a ameaça de despejo.