terça-feira, 30 de março de 2010

VENÂNCIO PROPÕE AMPLO DEBATE SOBRE HOSPITAL JOÃO ALVES.

O líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), ocupou a tribuna na manhã de hoje (30) para defender a realização, em plenário, de um grande debate com representantes de vários segmentos da Saúde de Sergipe sobre a realidade do Hospital Governador João Alves Filho, inclusive com a participação do governo do Estado.

“Todos estão acompanhando a situação do Hospital João Alves e estão vendo que, administrativamente falando, há muita coisa errada. Todos são contrários com esta forma de gestão de Saúde. O governo já está no seu quarto ano e não conseguiu desenvolver um trabalho a contento. Imaginaram que ia surtir efeito, mas a própria classe médica, os enfermeiros e os servidores da pate administrativa condenam esta forma de gestão. A Fundação foi criada com o repúdio da oposição como se fosse a tábua da salvação, mas os problemas continuam!”, comentou o líder da oposição.

Venâncio foi ainda mais longe e disse que “agora a gente vê essa história de 'boicote' na Secretaria de Saúde. O presidente do Sindicato dos Médicos de Sergipe, José Menezes, disse que não tem conhecimento de boicote algum e que isso nada tem a ver com os médicos, que apenas estão reivindicando melhores condições de trabalho”.

“Quem não lembra o que aconteceu no réveillon passado quando os médicos foram parar injustamente na delegacia de polícia sob a suspeita de terem boicotado o horário de trabalho? Pense no constrangimento de ter que responder ao inquérito? Aí o governo divulga os nomes dos médicos faltosos e, após a apuração da polícia, fica constatado que os médicos acusados pela direção do hospital não cometeram crime algum. Se alguém cometeu um crime foi o governo que acusou indevidamente os médicos”, completou o deputado.

Venâncio passou a fazer duras cobranças ao governo. “Esse governo tem que assumir a sua responsabilidade. É o seu projeto em termos de Saúde Pública que está errado! Tem que ter a humildade de reconhecer e não de sempre querer colocar a culpa em alguem. Agora tudo que é contra o governo é boicote, sabotagem. O inquérito da larva na comida da Saúde ninguém obteve o resultado; teve as mortes por soro vencido; dos bebês na maternidade; troca de cadáveres no hospital; até o cidadão que morreu na porta do Hospital João Alves saiu como culpado porque não poderia ter tido o infarto naquela hora. Já que há uma orientação do hospital para as pessoas não adoecerem as 7 horas, 13 horas e 19 horas porque são horários em que as equipes são trocadas”, criticou.

Por fim Venâncio ficou solidário com a classe médica de Sergipe e com os funcionários do Hospital João Alves. “São abnegados que trabalham duro, mesmo sem as mínimas condições. E, mesmo com toda a realidade que a gente já sabe, enfermeiros, médicos e outros servidores ainda são acusados de boicote. É muita injustiça! Os médicos nunca foram tão massacrados e humilhados como neste governo. Marcelo Déda chegou a dizer que não passava a mão na cabeça de quem não trabalha e quer apenas receber”.

“Vou apresentar um requerimento, na próxima segunda-feira (5), convidando o Sindicato dos Médicos, a Sociedade Médica, um representantes dos servidores da Saúde e até um representante do governo. Vamos promover um grande debate aqui no plenário da Assembleia até para 'lavar a roupa suja'. Vamos ver o debater e analisar quem está certo e quem está errado. Nossa intenção é corrigir os erros e melhorar a Saúde Pública de Sergipe. Falta planejamento, em minha opinião, e a classe pobre já não aguenta mais esse sofrimento. O povo paga com seus impostos e ainda é mal atendido!”, completou.

Acrescentando, Venâncio disse que “o PT transformou o Hospital João Alves em um 'Matadouro Humano'. Os médicos são humanos e têm os mesmos problemas que qualquer cidadão, inclusive de depressão. Eles estão sobrecarregados e não podem ser injustiçados pelas péssimas condições de trabalho”, finalizou, sendo aparteado pela deputada Goretti Reis (DEM) e pelo deputado Antônio Passos (DEM).

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