Foto: Janaína Santos
O deputado estadual Rogério Carvalho (PT) ocupou a tribuna do parlamento estadual, na tarde desta segunda-feira, 22, para esclarecer que as denúncias noticiadas por veículos de rádio e imprensa sobre a morte de seis pacientes no maior hospital público do estado, no último final de semana, foram distorcidas. Rogério afirmou que os óbitos registrados na ala vermelha do Hospital de Urgência de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse) são condizentes à situação crítica com a qual os pacientes deram entrada na unidade e que “em nenhum momento foi verificada desassistência por parte das equipes médicas de plantão”.
Rogério Carvalho iniciou o pronunciamento enfatizando a satisfação de ser deputado, o que lhe confere condições de levar ao parlamento a veracidade de fatos que, quando era secretário de Estado da Saúde, não tinha a oportunidade. Para o deputado petista, a forma como o debate em torno da saúde vem sendo conduzido, sobretudo nos veículos de massa, só tem ajudado a fomentar a desinformação e o desespero da população, na medida em que denigrem a imagem do principal hospital do estado.
“Devemos sim fazer o debate sobre a saúde. Porém, precisamos ter critérios. Devemos vigiar o funcionamento dos serviços, as prática profissionais, mas não podemos destruir, seja qual for o motivo, principalmente em se tratando de picuinhas políticas, a imagem de uma instituição que tem uma história de credibilidade que é o Huse”, disse Rogério.
De acordo com ele, nos últimos dois anos, o Huse passou a receber uma quantidade muito maior de pacientes graves, em estado crítico, graças aos investimentos do Governo do Estado para ampliar a atuação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192- Sergipe). Também foram investidos recursos na ordem de R$ 10 milhões para atender a esta crescente demanda, com a ampliação do número de leitos monitorados no Huse e a aquisição de equipamentos de alta tecnologia para o atendimento de pacientes que, até pouco tempo, morriam antes mesmo de chegar ao hospital.
“Dos seis óbitos denunciados, estamos falando de três casos de AVC (morte cerebral). Houve ainda um infarto grave, de um paciente de 71 anos; um traumatismo craniano, de uma vítima de acidente de trânsito; e mais o óbito de uma senhora de 60 anos, por diabetes descompensada”, informou o deputado.
Hospitais
Ao destacar o novo perfil do Huse (o de receber cada vez mais pacientes em estado grave), Rogério enfatizou os investimentos do Governo do Estado para reestruturar toda a rede hospitalar do estado. “Estamos construindo dois novos hospitais regionais ( Lagarto e Estância), estamos reformando e duplicando a capacidade de outros 16 hospitais. Temos a consciência de que a assistência no Huse ficará melhor quando estes hospitais forem inaugurados”, disse Carvalho.
No Huse, a reforma do novo pronto-socorro, no valor de R$ 17 milhões, vai triplicar a capacidade do hospital de socorrer os casos de urgência. “Quando a obra for inaugurada, o hospital infantil poderá ser aberto no prédio onde hoje funciona temporariamente o pronto-socorro”, disse Rogério.
Rogério concluiu dizendo que “por ser um hospital de referência para casos graves e por contar com uma equipe multidisciplinar 24hs, o Huse é um hospital que, infelizmente, sempre registrará mortes. “É um hospital fim de linha. Não há mais para onde recorrer. É o único do estado que, independentemente da hora em que o cidadão chegar, lá estará uma equipe dos mais diversos especialistas para socorrer. Duvido que se encontre isso em qualquer que seja o hospital privado de Sergipe”, questionou o deputado.
Fundações
Quanto às críticas feitas às contratações temporárias da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), Rogério esclareceu que as vagas destinadas à contratação temporária da FHS não estão ligadas às vagas disponibilizadas no último concurso público.
Segundo ele, estão sendo contratados profissionais, em caráter emergencial, para atenderem nos serviços que serão abertos temporariammente ( especificamente no período de chuvas) para assistir à população quanto a um possível surto de viroses no Centro de Endemias (antiga Clínica de Acidentados), nos Hospitais Locais de Boquim e de Ribeirópolis, além de vagas não contempladas ou já esgotadas no último concurso para a FHS.
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