Foto: Janaína Santos
O deputado estadual Mardoqueu Bodano (PRB) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa, na tarde de hoje (5), para levantar, junto aos demais parlamentares, sua preocupação com o crescimento do consumo de drogas em Sergipe. Segundo o deputado, inúmeros jovens, envolvidos com o consumo e o tráfico do crack, estão tendo suas vidas ceifadas e as autoridades, inclusive a Assembleia Legislativa precisam agir rapidamente.
Com o jornal Correio de Sergipe nas mãos, Mardoqueu iniciou seu pronunciamento dizendo que “esse é um problema que está alastrado em todo o Brasil. O consumo de drogas segue crescendo assustadoramente, tanto que a Câmara Federal nos próximos dias já se movimenta para criar a Frente Parlamentar no Combate às Drogas. E confesso que, ao comprar o jornal Correio de Sergipe, fiquei estarrecido com o fato de uma família que ficou aliviada com a morte de um filho viciado em drogas. Onde o pai diz que pai diz que já não suportava tanta humilhação causada pelo filho assassinado na sexta-feira (2)”.
Mardoqueu refere-se ao jovem Daniel Barbosa Resende, 20 anos, morto no município de Itabaiana. A vítima foi assassinada com dois tiros, sendo um no braço e outro nas costas. Ao ser entrevistado, o pai do jovem, José Carlos Resende, teria dito que se sentia aliviado pela morte do filho porque, além de ser viciado, Daniel Barbosa era muito violento, chegando a recusar o tratamento por inúmeras vezes.
“No mesmo jornal, tem uma entrevista com a diretora do Denarc (Departamento de Narcóticos), Aliete Melo, onde em janeiro deste ano foram presas 23 pessoas envolvidas com o tráfico; 31 em fevereiro e 30 em março; vale lembrar que em 2009 foram 14 em janeiro; 11 em fevereiro e 22 em março; ou seja, foram 84 neste primeiro trimestre de 2010 contra 47 no mesmo período do ano passado”, comentou o parlamentar.
Mardoqueu ainda explicou que, devido ao baixo custo, o crack tem um alto poder viciante e traz um efeito devastador no organismo. “Ele resulta da mistura de cocaína com água e am�?nia ou bicarbonato de sódio, em forma de 'pedras', que são fumadas em cachimbos ou qualquer outro objeto que possa ser adaptado. Tem ainda uma matéria do Jornal da Cidade denunciando que feirantes do Mercado Albano Franco, temendo represálias, não querem denunciar o comércio e o consumo aberto da droga por lá, dificultando o trabalho da polícia. É um assunto preocupante e as autoridades, inclusive esta Casa, não podem cruzar os braços. Temos que agir”, conclamou.
Mardoqueu foi aparteado pela deputada Ana Lúcia (PT) que disse que “temos que ter duas preocupações: debater a retaguarda, que é o tratamento dos viciados que nós não temos em Sergipe e nós temos que chegar aos grande traficantes que não são viciados na droga, mas no dinheiro fácil que ela representa”, argumentou.
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