Sempre que há a ocorrência de chuva ou qualquer outro fenômeno meteorológico mais intenso, a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) mobiliza um verdadeiro aparato para prestar apoio e assistência à população mais carente e que reside em áreas de risco. E com a previsão de uma precipitação elevada para os próximos dias, essas ações estão sendo intensificadas a partir desta quinta-feira, dia 8, colocando em alerta todos os setores da administração pública municipal.
Dentro desse conjunto de ações estão sendo transferindos desde março 552 famílias que moram em barracos nas áreas de encostas de morros e de terrenos alagáveis para casas e apartamentos recém construídos pela PMA no bairro Novo. E esse processo já está bem adiantado. Até o momento já foram encaminhados às novas habitações mais de um terço desse quantitativo, por meio de um trabalho conjunto da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc) e da Fundação Municipal do Trabalho e Renda (Fundat).
"Chegamos hoje à 218ª família alojada em seu novo lar. São pais, mães, filhos, tios, netos e sobrinhos que sairam de uma condição muito precária e arriscada, em verdadeiras palafitas e cabanas em elevações íngremes e beiras de rio e que agora têm casas e apartamentos. São imóveis pelos quais eles não estão pagando absolutamente nada. Cada família dessas foi previamente cadastrada pela Prefeitura e agora está recebendo um espaço mais digno para viver, longe das intempéries", relata a coordernadora de Benefícios Eventuais da Semasc, Maria das Graças Santos Oliveira.
E esse trabalho terá continuidade. "Estamos bem avançados no nosso prazo, que é de 60 dias, mas nem por isso deixamos de agilizar o procedimento. Com essa possibilidade iminente de termos uma concentração de chuva nos dias que se seguem, estamos fazendo ainda mais mudanças de mobílias para as pessoas beneficiadas. Temos caminhões e carregadores contratados pela Fundat para facilitar o translado, além de assistentes sociais e oficiais administrativos, que monitoram as famílias em todo o trajeto e verificam o que está sendo feito, para evitar eventuais problemas e apontar soluções", segue Maria das Graças.
Acompanhamento
E esse acompanhamento, acrescenta a assistente social, exige determinada atenção pelas equipes da Prefeitura. "Temos detectado que algumas pessoas têm feitos práticas não condizentes com os objetivos do programa, como vender ou mesmo alugar os barracos que estão sendo desocupados. Essas habitações são precárias e devem ser desmontadas, demolidas mesmo, afinal de contas, as pessoas estão recebendo casas e apartamentos novos exatamente porque as que possuiam não lhes garantia as condições necessárias", detalhou. "Dessa forma estamos contactando equipes da Emurb para destruir essas construções assim que elas são desocupadas, com o uso de máquinas e ferramentas", esclarece.
Outro ponto focado pela Prefeitura é garantir o direito aos novos imóveis a quem mais precisa. "Estamos atentos a possíveis casos de pessoas que tenham residência fixa e apropriada e que possam ter montado barracos ao lado dos cidadãos que já estão cadastrados e estão sendo beneficiados. Tivemos a informação de que isso poderia acontecer e, de imediato, procedemos uma verificação minuciosa. Também estamos observando para evitar que alguém repasse o novo apartamento ou casa para terceiros, o que é conhecidamente proibido", reforçou a coordenadora.
Maria das Graças ainda lembra que dentro da política de assistência social da PMA, existem equipes mobilizadas para prestar socorro e auxílio a famílias que venham a ficar desabrigadas ou desalojadas, especialmente em decorrência dessa chuvas que já começam a ocorrer em toda a capital. "Estamos preparados para o que possa ocorrer, com espaços alugados para receber essas pessoas, além de suporte com comida, material de higiene pessoal e limpeza, colchões, cobertores, enfim, o mínimo necessário enquanto durar esse afastamento do lar, inclusive com aluguel temporário de outros imóveis, pago pela PMA", informou.
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