Os 580 professores do município de Itabaianinha foram surpreendidos na manhã da última sexta-feira, dia 8, com a suspensão do pagamento de seus salários, referentes ao mês de setembro. Há dois meses os educadores sustentam a greve no município com o intuito de negociar o pagamento do Piso Salarial. Como a Justiça considerou a greve legal, o corte do salário dos professores é uma medida totalmente arbitrária e sem amparo na legislação.
As esperanças de solucionar o problema de Itabaianinha da maneira mais rápida possível estão depositadas na audiência com o Ministério Público, marcada para a próxima quinta-feira, dia 14, para discutir o Piso Salarial dos professores. A coordenadora da Sub-Sede Sul, Ivônia Pereira, acredita que só com ajuda e intermediação do Ministério Público o município de Itabaianinha poderá sair deste impasse.
SEM SALÁRIO
A professora Joilma Silveira, delegada de base do Sintese em Itabaianinha, revelou que não foram só os professores os trabalhadores lesados pela prefeitura pelo corte no pagamento, mas serventes, servidores da prefeitura, entre outros funcionários. Pessoas que inclusive nem estavam em greve receberam R$ 20 de salário, outros chegaram a receber R$ 7. “Esta foi uma ação totalmente descontrolada. Já não temos mais o que esperar da Prefeitura Municipal.
A professora Ivônia Aparecida compreende que os professores de Itabaianinha estão sendo vítimas de perseguição. “Se a Justiça decretou a legalidade greve, eu vejo o corte do salário dos professores como perseguição. É uma forma de punir os educadores do município”, afirmou a professora Ivônia.
Qualquer que tenha sido o objetivo do prefeito, o efeito provocado foi mais união entre os trabalhadores da educação em Itabaianinha. “Estamos ainda mais unidos e motivados a continuar em mobilização. Na assembléia desta sexta-feira, lotada de professores, decidimos que só faremos reposição de aulas depois que ele nos pagar, pois não tem como confiar nessa administração”, avaliou.
Neste sábado, dia 9, os professores e servidores que não receberam salário farão um ato informativo no comércio de Itabaianinha. A professora Jolima revela que o intuito é explicar aos comerciantes que enquanto estiverem com seus salários cortados, os professores não poderão pagar as contas pendentes.
Fonte: Sintese
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