Foto: Wellington Barreto
Nesta segunda-feira, 1º, o médico intensivista do Hospital Sírio-Libanês (HSL), Paulo Ribeiro, visitou o Hospital de Urgência de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse) para fazer uma avaliação sobre o curso de cuidados ao paciente crítico, iniciado em junho do ano passado. O projeto acontece em parceria com o Ministério da Saúde (MS) e envolve nove hospitais de todo o país.
Antes de começar os trabalhos, Paulo Ribeiro se reuniu com a secretária de Estado da Saúde, Mônica Sampaio, o presidente da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), Emanuel Messias, e o superintendente do Huse, Francisco Claro, além de gerentes e coordenadores. O encontro teve como objetivo traçar estratégias de gestão que possam favorecer o fluxo do complexo hospitalar, que hoje recebe cerca de 15 mil pacientes por mês e é considerado referência até para Estados vizinhos.
“Esse curso garante não só a dimensão técnica que o profissional deve ter, mas também reforça os conceitos da saúde pública. Por isso, além do conhecimento teórico precisamos levantar os mecanismos necessários para colocar todo o aprendizado em prática e transformá-lo em ações capazes de beneficiar a população”, considerou Mônica Sampaio, acrescentando que o Governo de Sergipe está disposto a realizar uma grande articulação com o Sírio-Libanês.
Avaliação
Na sala de estudos do Huse, os alunos do curso tiveram a oportunidade de conversar com o especialista, também responsável pela área de terapia nutricional do Hospital Sírio-Libanês. Durante o encontro, médicos, enfermeiros, nutricionistas, farmacêuticos e fisioterapeutas relataram experiências vividas durante esse período.
“Trabalho nesse hospital desde 2002 e sempre estive preocupado em fortalecer os nossos instrumentos de trabalho. A possibilidade de melhorar ainda mais a nossa atuação através desse intercâmbio com o HSL veio em boa hora. Pelo que acompanho, os casos são parecidos com os de lá, mas talvez a nossa complexidade seja maior pela demanda concentrada”, relatou o fisioterapeuta Péricles Moraes.
A formação de equipes multidisciplinares sempre articuladas entre áreas e serviços não só agrega valor, como produz uma assistência diferenciada. É com este foco que o Huse vem promovendo avanços na unidade. A partir de agora, esse conceito ganhará forças graças à nova formação dos alunos. “Vamos uniformizar o protocolo de atendimento e concretizar a linha de assistência em áreas como o Pronto-Socorro, Unidade Semi-Intensiva e Unidade de Terapia Intensiva”, pontuou Renata Chagas, coordenadora do curso em Sergipe.
Aproveitando a oportunidade, Paulo Ribeiro destacou os principais objetivos do projeto. “Este não é um programa que ficará limitado às unidades de saúde que estão recebendo o curso. Nós queremos construir uma rede sólida capaz de fortalecer os protocolos de trabalho utilizados pelos hospitais. Pelo que observei aqui, Sergipe não está medindo esforços para se integrar conosco em benefício do Sistema Único de Saúde”, ressaltou o médico.
Benefícios
O curso sobre cuidados ao paciente crítico qualifica a atenção à saúde para os cidadãos que se encontram em situação diferenciada, considerada grave. Para esse programa foram estabelecidos alguns pontos prioritários, entre eles: a capacitação de recursos humanos, um olhar qualificado sobre a incorporação de novos conhecimentos, estruturas, novas tecnologias, além da excelência em humanização. A meta final do programa é estruturar uma Rede de Gestão no Cuidado ao Paciente Crítico nos Hospitais do SUS do Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário