quarta-feira, 7 de abril de 2010

GOVERNO APRESENTA PLANO DE CONTINGÊNCIA CONTRA DENGUE AOS GESTORES MUNICIPAIS.

Foto:  Márcio Garcez

A secretária de Estado da Saúde, Mônica Sampaio, apresentou aos prefeitos e secretários municipais de Saúde o Plano Estadual de Contingência da Dengue 2010, os números com a situação epidemiológica e entomológica (controle do vetor) por município e as funções de cada esfera de governo. O evento aconteceu na manhã desta quarta-feira, 7, no Centro de Convenções de Sergipe, em Aracaju.

“A situação da dengue em Sergipe está equilibrada, mas temos que estar vigilantes. Este plano serve para nos prevenir durante o período crítico que inicia agora em abril e segue até junho. Graças ao esquema do ano passado, o número de casos foi cinco vezes menor que em 2008, ano da epidemia”, disse Mônica Sampaio, reforçando a necessidade de participação de todos, desde os gestores até a comunidade, para que não haja nenhum problema de grande proporção.

Ela explicou que em Sergipe já houve três epidemias de dengue nos anos 2000, 2004 e 2008. “Esta última foi a que apresentou casos mais graves, alta mortalidade e, pela primeira vez, casos em crianças”, relatou, acrescentando que, em 2008, ocorreu uma mudança de comportamento da doença. “Em cada surto aparece um tipo de vírus diferente”.

Segundo estudos, a epidemia ocorre num intervalo de três a cinco anos, quando acontece o esgotamento dos susceptíveis, ou seja, quando aparece um novo tipo de vírus. “Então, o segredo para evitar a disseminação da doença é controlar o vetor, isto é, o mosquito Aedes Aegypti”, enfatizou a secretária.

Dados

Conforme o relatório do Núcleo de Endemias da Secretaria de Estado da Saúde (SES), em 2008, houve 34.386 casos de dengue notificados e 24.432 confirmados. Já no ano passado, foram 3.628 notificações e 595 confirmações, uma redução de 97,56% comparado ao ano anterior. Este ano, até março, foi feito o registro de 97 casos notificados e somente sete confirmados.

Em relação à situação entomológica, o relatório apresentou que 33 municípios estão com baixo risco da presença do vetor no território, 31 estão com médio risco e 11 com alto risco (números registrados da 1ª até a 8ª semana epidemiológica). “Isso significa que os municípios com alto risco podem perder facilmente o controle deste processo, mas podem avançar e melhorar nos aspectos que precisam, contando sempre com o nosso apoio, independente da sigla partidária do gestor municipal”, ressaltou Mônica Sampaio.

Ações do plano

O plano de contingência está dividido em três eixos de intervenção. O primeiro é o controle do vetor, que engloba a distribuição de 15 mil uniformes para todos os agentes comunitários de saúde e de endemias, disponibilização de larvicida biológico menos agressivo à saúde dos cidadãos, renovação do contrato dos 600 agentes da Brigada Estadual de Combate à Dengue, disponibilização de 26 carros fumacê para controle do mosquito na fase adulta (após avaliação da equipe técnica da SES), entre outras ações.

O eixo da assistência ao paciente é responsável por atualizar os profissionais de saúde no manejo clínico dos casos suspeitos, apoiar os municípios no atendimento ao paciente com distribuição do soro de reidratação oral, suporte técnico na organização dos serviços nas unidades de saúde, e ainda a abertura do Centro de Retaguarda para Epidemias, localizado na rua Vila Cristina, em Aracaju (antiga Clínica dos Acidentados).

O terceiro eixo é o da comunicação e mobilização, com propagandas de TV e rádio, confecção de 200 mil cartilhas com orientações para serem entregues à população, distribuição de mais de 10 mil adesivos sobre conduta e diagnóstico da dengue (com protocolo de atendimento) para os consultórios públicos e privados, produção de outdoor e busdoor nas linhas de transporte da capital e do interior, atualização do hotsite da dengue (http://www.sergipecontradengue.com.br), entre outras providências.

Apoio

Para o prefeito de Propriá, Paulo Britto, com as ações do plano de contingência, o Governo de Sergipe vai ajudar bastante os municípios a evitarem a situação registrada em 2008. “Juntas, as duas esferas de governo aceleram as ações de prevenção à dengue, que veio para ficar por se tratar de uma doença endêmica da região tropical. O que temos a fazer é acabar com a transmissão da doença, controlando o vetor”, disse o prefeito, destacando que os municípios não devem esquecer de notificar os casos para que o Estado acerte nas medidas tomadas para evitar a epidemia.

A secretária de Saúde de Lagarto, Cristiane Carvalho, também ressaltou o apoio do Governo do Estado como imprescindível. “Os municípios sozinhos não podem lutar contra uma doença de fácil disseminação como a dengue, então é muito importante este plano de contingência. Nunca se pode descansar com esta doença, é preciso manter as ações durante todo o ano e principalmente no período de maior vulnerabilidade como este, em que há chuvas, mas ainda faz calor. Devemos sempre trabalhar para baixar o risco de epidemia”, concluiu a gestora.

Um comentário:

  1. Esse 08002863000 só dá ocupado, é inoperante! Assim fica difícil a comunidade colaborar com a saúde pública!

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