O líder da oposição, deputado estadual Venâncio Fonseca, disse nesta terça-feira, 21, que usava a tribuna para rebater as críticas feitas pelo colega deputado Francisco Gualberto ao senador Eduardo Amorim. O tema, lembrou o parlamentar, era o Hospital do Câncer de Sergipe. “É preciso lembrar que o marketing do governo elegeu João Alves Filho prefeito e agora vão eleger Amorim governador. Avisei que de tanto bater no ‘negão’ iriam eleger ele prefeito de Aracaju”, ironizou Venâncio.
O deputado disse que na campanha eleitoral fizeram várias acusações contra João Alves, fortalecendo a candidatura do democrata. “O que tinha de ruim em Sergipe era João Alves, esqueceram e agora se dirigem a Amorim”, destacou. Venâncio disse ainda que na campanha que elegeu Marcelo Déda governador não enxergaram defeitos no senador. “Era um homem simples, educado, afável, agora enxergam defeitos. Ele se elegeu com a maior votação, superior a Déda e Valadares”, citou.
O líder da oposição destacou em seu discurso as críticas que Amorim recebe por pedir melhorias aos rizicultores. “Agora o senador não pode ir o Baixo São Francisco visitar a região e cobrar soluções à Codevasf que acham ruim. O órgão há dez anos está sob o comando de Valadares. Começaram as cobranças e quem ‘está no ar condicionado’ começa a reagir. Como a Codevasf não é de propriedade particular de Valadares, podemos cobrar”. Venâncio disse que esteve no local, viu a situação caótica e denunciou. “Foi um Deus nos acuda. Agora surgem algumas ações fruto de essa cobrança”, lembrou.
Ainda em seu discurso o líder da oposição disse que o Hospital do Câncer será erguido com recursos do Estado, da União e com emendas de parlamentares. “Não podemos negar as ações do senador Amorim em defesa desse hospital. Abraçou essa causa, saiu de município em município, destinou emendas como senador. Foram 29 milhões de reais, conseguiu esses recursos quando ainda era deputado federal”, comentou Venâncio, destacando o fato de que o Estado, se não entrar logo com o projeto, vai perder o dinheiro. “O Estado não levou o projeto porque não tinha. Que apresente urgente na Caixa porque vai perder esses recursos”.
“Como senador Amorim destinou 22 milhões de reais e o Ministério da Saúde disponibilizou 11 milhões de reais. A terceira emenda destinou 33 milhões de reais, que estão disponíveis até o final do ano. São mais de 60 milhões de reais destinados por um único senador. Será que ele não abraçou essa causa? Querem tirar o mérito de quem abraçou essa bandeira. Vamos pro embate político, mas não vamos desconsiderar esse papel importante do senador, que também colaborou no Proinveste que destina recursos pro hospital”.
Venâncio disse que entre a palavra do vice-governador Jackson Barreto - que critica a oposição no caso do Proinveste - e o governador, fica com a palavra de Marcelo Déda “que teve a humildade de reconhecer que errou e de público agradeceu a oposição pela aprovação do Proinveste. Guardo comigo esse reconhecimento”. O deputado disse também que o senador tem ido aos municípios, trouxe representantes da Conab pra apresentar melhorias e isso, segundo ele, incomoda. “O senado tá cheio de senadores acomodados e veem nessa figura que pode tirar o pirulito da boca de alguém”. O deputado disse aos colegas que o Estado não tem projeto para apresentar ao Ministério da Saúde e lembrou o caso da maquete do Batistão. “Pedi pra tirar o anúncio da televisão porque não tinha projeto, era uma mentira.
O vice-líder da oposição, Augusto Bezerra, disse que Gualberto trouxe apenas uma maquete, que segundo ele, não é projeto. “Isso não é projeto. Já era pra ter começado a infraestrutura. É preciso começar logo se não o dinheiro retorna. É preciso comprar aparelho de radioterapia urgente porque o hospital só sai do papel em dois anos”.
De acordo com o deputado Gilson Andrade, o senador tem se empenhado na construção do Hospital do Câncer. “Se alguém merece criticas é o governo pela lentidão na execução dos projetos. Se até o dia 30 de julho não der entrada no projeto, perde os recursos. Estância perdeu o dinheiro de uma ponte no Abaís no valor de 20 milhões de reais graças à incapacidade do governo de iniciar a obra da ponte. Sou um dos 200 mil sergipanos que assinaram em favor do Hospital do Câncer”.
“Se incomoda, é porque o senador trabalha. Amorim foi um grande deputado federal, é um médico estudioso, está terminando o Curso de Economia. Tem uma grande qualidade, as pessoas que não querem o desenvolvimento, não querem pessoas novas. Sou oposição, mas sou oposição construtiva e defendo a somação. Isso eu sei fazer”, disse o deputado Zé Franco, lembrando que o governador mostrou humildade na polêmica do Proinveste.
O deputado Antônio dos Santos disse que Amorim tem dedicado esforços para conseguir recursos do HC. “As emendas do orçamento têm dificuldades de serem liberadas. O senador convidou parlamentares para a entrega de 200 mil assinaturas ao ministro Padillha (da Saúde). Ele se comprometeu a liberar todas as emendas que forem destinadas a esse hospital. E ai está a possibilidade de construção desse hospital e não vejo a necessidade do discurso do deputado Francisco Gualberto. O Hospital do Câncer é iniciativa do senador Eduardo Amorim”.
Unale
Venâncio Fonseca convidou os colegas para a eleição da diretoria da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (UNALE). O deputado sergipano será eleito presidente da entidade nesta sexta-feira, em Recife. O parlamentar lembrou que a entidade tem influência nacional e lembrou que a maioria dos governadores conhece a importância da entidade, pois foram membros ou associado.
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