Moradores do município de Nossa Senhora do Socorro se reuniram na noite da terça-feira, dia 31, no Centro Cultural Gilson do Prado Barreto , com a Administração Estadual do Meio Ambiente de Sergipe – Adema – e com a empresa interessada na implantação do aterro sanitário para esclarecimentos sobre o assunto. Na oportunidade, o presidente da Adema, Genival Nunes, esclareceu que a Prefeitura de Socorro não possui responsabilidade no licenciamento do empreendimento, cabendo apenas ao órgão estadual do meio ambiente licenciar ou não a construção do aterro no povoado Tabocas.
Ao final da audiência pública, o prefeito Fábio Henrique destacou que a reunião foi muito importante porque deixou claro à população que para esse tipo de empreendimento a licença de funcionamento é dada somente pela Adema, não tendo a prefeitura relação com essa permissão. “O presidente Genival Nunes, que conduziu de forma muito equilibrada a audiência pública, deixou claro aqui que este empreendimento quem licencia é a Adema. Não há nenhum alvará que a prefeitura possa dar ou deixar de conceder, pois esse é um projeto que quem dá a licença prévia, de instalação e de funcionamento é o órgão ambiental do Estado”, explica o prefeito, que também enfatizou a posição da prefeitura contrária à implantação do aterro no município.
A audiência pública foi iniciada pelo representante da Adema, que explicou o objetivo daquele encontro. Em seguida, foi aberto espaço para que a empresa interessada na implantação do aterro pudesse expor o seu projeto para a região da Tabocas. Após a apresentação, a comunidade pôde realizar perguntas ao empreendedor.
Na opinião do presidente da Associação de Moradores da Tabocas, Valtemir Henrique Santana, a audiência foi bastante positiva. “A reunião foi valiosa, pois a população da Tabocas se uniu, não baixou a cabeça e veio aqui para dizer para o empreendedor, para a Adema e para a sociedade sergipana que por mais bonito que eles falem a palavra lixo não deixa de ser lixo. E a Tabocas não aceita ser vizinha de um depósito de lixo”, destaca.
O presidente da Adema, Genival Nunes, enfatiza que o processo de licenciamento do aterro sanitário é exclusivamente de responsabilidade do órgão estadual do meio ambiente e, por isso, a representação do governo do Estado promoveu essa audiência. “Isso que está ocorrendo hoje é apenas uma parte do processo do licenciamento ambiental. A Adema nem pegou o projeto para analisar, pois queríamos fazer isso apenas após ouvir os senhores. Depois de ouvir os questionamentos da comunidade e a resposta do empreendedor”, aponta Genival.
Ele destaca ainda que a audiência foi muito produtiva e servirá como base para a análise do licenciamento pela Adema. “Tivemos aqui o respeito, com manifestações belíssimas, que engrandecem a população de Socorro. Eu tenho orgulho da luta do povo da Tabocas e mais orgulho ainda de saber da resistência do povo que estava aqui nessa audiência, que suportou vários obstáculos para permanecer na reunião. Foi uma noite que engrandeceu a vida de todos nós, pois foi o exercício pleno da democracia”, opina Genival.
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