Democrata relembra que Jackson Barreto chamou Déda de maconheiro e Valadares de assassinoA vaca que alimenta a mamata em Sergipe já esteve na secretaria municipal da saúde e se encontra na secretaria de Estado da Saúde, durante toda a gestão de Rogério Carvalho. Foi o que revelou o deputado federal Mendonça Prado (Democratas/SE), na manhã desta sexta-feira, 28 de agosto, durante entrevista coletiva.
O parlamentar informou que convocou a imprensa para tratar dos três temas que geraram polêmicas no decorrer da semana. "Quero, em nome do meu partido, o Democratas, tratar com muita seriedade de três temas que geraram polêmicas nos últimos dias em Sergipe. Vou tratar da cassação do governador Marcelo Déda, da postura do deputado federal Jackson Barreto e das declarações do líder do nosso partido, o ex-governador João Alves".
"Entendo que ele (João Alves) não deveria ter dito isso. Houve excesso do ex-governador durante um momento de exaltação”, reconheceu Mendonça, acrescentando que João Alves sempre teve um relacionamento de respeito para com os prefeitos e que o partido Democratas sempre teve um carinho especial por eles.
Sobre a suposta mamata, o democrata apontou o prefeito de Santana do São Francisco, Ricardo Roriz, como "um dos melhores exemplos de quem está mamando na teta da saúde, em decorrência das relações que mantém com a pasta e com o secretário Rogério Carvalho. É preciso que se apure as relações que o senhor Ricardo Roriz mantém com o senhor Rogério Carvalho. É preciso que se apure a campanha eleitoral do senhor Ricardo Roriz porque ele, não só representa uma associação de prefeitos. Mas, representa principalmente uma empresa que presta serviços ao senhor Rogério Carvalho desde a época da secretaria municipal de saúde", denunciou Prado.
O deputado também diz que "existe uma vaca enorme na SMTT de Aracaju, em decorrência da falta de licitação para o serviço de transporte, que resulta nos péssimos serviços prestados à população, obrigada a utilizar uma frota sucateada, insegura, com a passagem cara e irregularidades nos horários e serviços".
Na avaliação do parlamentar, está havendo uma exploração exagerada sobre a declaração do ex-governador, em decorrência da biografia dele. "Toda polêmica deriva do fato da declaração ter partido de João Alves, um homem reconhecidamente preparado, estudioso, que publicou livros e promoveu benefícios nas três vezes que governou Sergipe. Mas, quero lembrar que, o excesso, a exaltação tem marcado a vida de vários políticos como do próprio presidente Lula, durante um ato do governo federal utilizou uma expressão até difícil de ser pronunciada publicamente", repreendeu.
Jackson Barreto
Mendonça comentou que a história de Sergipe também já registrou declarações curiosas que causaram indignação nas pessoas e nos políticos. "Quem não se lembra que Jackson Barreto dizia aos quatro cantos de Sergipe que Valadares era um assassinto, que mandou matar a sua (de JB) mãe, e chamava o governador Marcelo Déda de maconheiro, Mauricinho, almofadinha? ", relembrou Prado.
"Qual é a autoridade moral que JB tem para ditar regras de conduta e ética para outros políticos. Quero desafiar JB e o governador Marcelo Déda para um debate comigo, no dia e lugar que eles escolherem. O que não vamos é permitir esta campanha orquestra pelo governador Marcelo Déda para denegrir a imagem de João Alves", avisou o democrata, conclamando a classe política para um debate em torno de assuntos de interesse público, como educação, saúde pública, transporte urbano.
"Não queremos um debate neste nível, mas fiquem certos de que não seremos incapazes de fazê-lo. Se o governador Déda quiser, vou fazer a chamada pública de quem mama na vaca que podemos identificar no Palácio do Governo, na secretaria da Fazenda e na secretaria da Saúde", advertiu Mendonça Prado.
Cassação
Segundo Mendonça Prado, ao atribuir a responsabilidade pela sua cassação ao ex-governador João Alves, Marcelo Déda tenta desacreditar e desmoralizar o poder judiciário do país. “Quem julga são os magistrados, os homens sérios deste país. Não somos nós, políticos, que vamos atrapalhar o processo. O governador está colocando em dúvida a seriedade dos ministros, quando na verdade deveria explicar ações como a micareta picareta, que até hoje deixa dúvidas na cabeça da população”, estigou.
Denúncias
Ao apresentar um áudio com discurso do governador do Estado, Mendonça Prado anunciou que pretende representar Marcelo Déda junto ao Ministério Público Estadual por cometimento de três crimes durante a realização do ato de inauguração da Rota do Sertão.
Eleitoral
Segundo o parlamentar, num trecho do áudio, Déda fere a legislação eleitoral, ao pedir voto ao prefeito de Cumbe. ImprobidadeEm outro trecho da gravação, Marcelo Déda anuncia que, num ato do governo - inauguração de obra pública, os shows foram pagos pelas empresas que executaram a obra e não pelo governo.
Racismo
Em um último trecho, o democrata acusa Marcelo Déda de crime de racismo, ao se referir ao ex-governador João Alves de forma pejorativa, ao taxá-lo de "neguinho". "Este é um crime inaceitável e inafiançável", condenou o deputado.
Fonte: Asessoria do Deputado
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