O motorista que rodar pelas rodovias federais nos próximos meses terá seu comportamento tão controlado por radares que, mesmo em áreas rurais, poderá se sentir até mais vigiado do que no trânsito de grandes centros urbanos, como São Paulo.
O governo Lula lançou há dez dias uma licitação para instalar 2.696 radares nas estradas, numa contratação recorde do setor na história do país e, segundo a Abramcet (Associação Brasileira de Monitoramento e Controle Eletrônico de Trânsito), talvez no mundo. Em 2007, as rodovias tinham quase 400 equipamentos, que hoje estão desativados.
Os radares irão flagrar excesso de velocidade, avanço de semáforo vermelho e até parada sobre a faixa de pedestre. Parte terá a atribuição de "dedo-duro" (lê as placas e aponta as irregularidades do veículo para a polícia parar o veículo) e capaz também de multar, nas pistas simples, quem estiver na contramão -por exemplo, em uma ultrapassagem.
A estimativa é que os equipamentos deverão detectar 3,47 milhões de infrações por ano -uma a cada nove segundos.
A difusão dos radares é defendida pela maioria absoluta de especialistas devido à avaliação de que ajudam a reduzir as vítimas do trânsito -só nas rodovias federais há mais de 15 acidentes com mortes por dia.
Mas há críticas tanto à destinação do dinheiro das multas como ao fato de os governos agilizarem a fiscalização eletrônica, que eleva a arrecadação, e deixarem de lado outras atribuições, como a de prover condições de segurança nas vias.
Com a nova contratação, as estradas federais vão ganhar, em média, um radar a cada 23 km de sua malha. Na capital paulista, a prefeitura mantém hoje um a cada 41 km. O número de aparelhos será mais de 600% superior ao que era mantido pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) -e que foi desativado há dois anos, devido ao término do contrato.
A Abramcet estima que no país todo (tanto em áreas urbanas como em estradas) exista hoje 3.500 radares operando. A fiscalização será instalada em todos os Estados. Mas não abrange a malha federal concedida a partir de 2007 à iniciativa privada e que teve a fiscalização fragilizada com aval do governo Lula.
Em São Paulo, Régis Bittencourt e Fernão Dias estarão fora, mas haverá radares no trecho federal da Rio-Santos, como em Ubatuba (litoral norte).
A nova licitação foi lançada após três anos de atraso -por disputa judicial sobre os critérios de seleção das empresas.
Os interessados nos 12 lotes, que totalizam R$ 1,4 bilhão por cinco anos de fornecimento dos radares, vão entregar suas propostas no mês de outubro. O equipamento deve entrar em operação até fevereiro.
Fonte: Folha de São Paulo
O governo Lula lançou há dez dias uma licitação para instalar 2.696 radares nas estradas, numa contratação recorde do setor na história do país e, segundo a Abramcet (Associação Brasileira de Monitoramento e Controle Eletrônico de Trânsito), talvez no mundo. Em 2007, as rodovias tinham quase 400 equipamentos, que hoje estão desativados.
Os radares irão flagrar excesso de velocidade, avanço de semáforo vermelho e até parada sobre a faixa de pedestre. Parte terá a atribuição de "dedo-duro" (lê as placas e aponta as irregularidades do veículo para a polícia parar o veículo) e capaz também de multar, nas pistas simples, quem estiver na contramão -por exemplo, em uma ultrapassagem.
A estimativa é que os equipamentos deverão detectar 3,47 milhões de infrações por ano -uma a cada nove segundos.
A difusão dos radares é defendida pela maioria absoluta de especialistas devido à avaliação de que ajudam a reduzir as vítimas do trânsito -só nas rodovias federais há mais de 15 acidentes com mortes por dia.
Mas há críticas tanto à destinação do dinheiro das multas como ao fato de os governos agilizarem a fiscalização eletrônica, que eleva a arrecadação, e deixarem de lado outras atribuições, como a de prover condições de segurança nas vias.
Com a nova contratação, as estradas federais vão ganhar, em média, um radar a cada 23 km de sua malha. Na capital paulista, a prefeitura mantém hoje um a cada 41 km. O número de aparelhos será mais de 600% superior ao que era mantido pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) -e que foi desativado há dois anos, devido ao término do contrato.
A Abramcet estima que no país todo (tanto em áreas urbanas como em estradas) exista hoje 3.500 radares operando. A fiscalização será instalada em todos os Estados. Mas não abrange a malha federal concedida a partir de 2007 à iniciativa privada e que teve a fiscalização fragilizada com aval do governo Lula.
Em São Paulo, Régis Bittencourt e Fernão Dias estarão fora, mas haverá radares no trecho federal da Rio-Santos, como em Ubatuba (litoral norte).
A nova licitação foi lançada após três anos de atraso -por disputa judicial sobre os critérios de seleção das empresas.
Os interessados nos 12 lotes, que totalizam R$ 1,4 bilhão por cinco anos de fornecimento dos radares, vão entregar suas propostas no mês de outubro. O equipamento deve entrar em operação até fevereiro.
Fonte: Folha de São Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário