O deputado estadual Capitão Samuel (PSL) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa, na manhã de hoje (20), para cobrar uma posição oficial da Secretaria da Fazenda (Sefaz) a respeito do reajuste dos servidores públicos do Estado anunciado em 5,02% de uma forma linear e 6,5% para o magistério. Para o parlamentar, os dados do governo não batem com os apresentados pelo Sindat e pelo Dieese.
Antes de iniciar seu discurso, Samuel chamou atenção para a votação dos projetos que estavam sendo apreciados e aprovados na Casa. “Estamos votando projetos que mais interessam ao interior. São coisas simples, além da LDO que ainda vai ser votada em terceira discussão. Estamos votando projetos do Executivo que não vamos criar problemas, mas mantemos nossa posição de não quebrar o compromisso com os servidores”.
Em seguida, Samuel disse que o reajuste anunciado pelo governo merece uma maior reflexão. “Disseram que corrigiram as perdas da inflação, que não houve perdas para os servidores, mesmo sem ter melhorado os salários e a condição de vida das pessoas. O detalhe é que a inflação calculada é do período de abril do ano passado a fevereiro último. Foi de 5,02%. O servidor não perderia nada se o reajuste tivesse sendo observado a partir daí. Mas os servidores estão perdendo sim!”.
“Mas os servidores só vão recompor seus salários em dezembro, ou seja, quase em 2013. Vão perder sim pela forma como será feito o pagamento. O plano de cargos e salários pouco foi discutido na reunião do secretário da fazendo com os servidores. Os trabalhadores saíram frustrados. Os indicativos de greves são inúmeros! Os servidores da Transur, por exemplo, mais uma vez reclamam da falta de pagamentos por parte da Fundação Hospitalar de Saúde. O que eu não entendo é que o Sindat e o Dieese provaram que, mês a mês, vem aumentando a arrecadação do ICMS”, completou o deputado estadual.
Por fim, Samuel disse que “das duas uma: ou faltou competência para se fazer uma previsão da arrecadação ou estão fazendo caixa e enganando os servidores dizendo que o Estado não tem dinheiro, que o retroativo não vai ser pago de uma vez. Até a licença premium estão parcelando em quatro vezes! Os números que o secretário apresenta não batem com os do Sindat e do Dieese. Defendo uma reflexão do secretário para que ele ou dê o lugar para alguém capaz de corrigir essa situação ou que ele mostre abertamente que o Sindat e o Dieese estão errados”.
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