“Gostaria de, em nome dos mais de 200 mil alunos da rede estadual, convocar os professores a retornarem à sala de aula”. O apelo é do secretário de Estado da Educação, Belivaldo Chagas, preocupado com o prolongamento da greve do magistério. Para o secretário, a paralisação dos professores já ultrapassou todos os limites do bom senso, e com isso acaba prejudicando o aluno e a educação sergipana.
A grande preocupação do secretário é com o aprendizado dos alunos da rede estadual. “São 40 dias sem aula ou com aulas parciais. Não podemos manter os nossos alunos nessa situação. O Ministério da Educação (MEC) já iniciou a inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), e nossos alunos não estão em sala de aula estudando e recebendo o estímulo dos seus professores para prestarem o exame e ingressarem num curso superior. Essa greve já chegou ao limite, pois está prejudicando pessoas inocentes que são os nossos alunos”, argumentou.
O secretário lembrou que no dia 30 de abril o governador Marcelo Déda, acompanhado dos secretários Oliveira Júnior (Seplag) e João Andrade (Fazenda), recebeu a equipe do Sintese na sede da Secretaria da Educação e expôs toda a situação financeira do Estado, destacando a impossibilidade de estender os 22,22% de reajuste para todos os professores, sob pena de desobedecer à Lei de Responsabilidade Fiscal.
“A Lei do Piso determina que o reajuste dos 22,22% seja pago aos professores de formação de nível médio, e isso nós estamos pagando. O que não podemos é estender esse reajuste a toda a categoria, pois o Estado descumpriria a Lei de Responsabilidade Fiscal”, acentuou.
Valorização do Professor
Para demonstrar o compromisso e valorização que o Governo de Sergipe tem com a categoria dos professores, Belivaldo Chagas afirmou que, de 2007 a 2012, os professores da rede pública estadual receberam reajustes salariais que variam entre 120% a 250%. “Nenhum professor da rede pública estadual recebe menos que o valor do piso, que é de R$ 1.451,00”, ressaltou o secretário.
Ele destacou que um professor com nível superior em início de carreira (Nível 1P - Letra A) em 2006 recebia uma remuneração de R$1.024,26. Hoje, não recebe menos que R$ 2.326,52. “Podemos afirmar, então, que esse trabalhador teve um reajuste de 127,14%, fato que não ocorreu com nenhuma carreira profissional da administração pública estadual. Além do cumprimento do piso, o Governo de Sergipe foi quem instituiu a gratificação de interiorização e a progressão vertical da carreira dos professores, vantagens que não eram automáticas antes de 2007”, concluiu.
Fonte: ASN
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