Representantes de Policia Civil e Polícia Militar dos nove estados do Nordeste participam nesta terça-feira, 26, no auditório do Real Classic Hotel, na Orla de Atalaia, do XVI Encontro do Comitê Integrado de Segurança Pública do Nordeste (Consene). O objetivo é discutir estratégias comuns de combate à criminalidade, planejar ações operacionais conjuntas nas divisas e fortalecer a troca de informações na região Nordeste do país.
Esta é a segunda vez que a reunião ocorre em Sergipe, a primeira foi realizada no ano passado em um hotel na cidade de Canindé do São Francisco, sertão do Estado. De acordo com o secretário-adjunto da Secretaria de Segurança Pública, João Batista Santos Júnior, estes encontros ocorrem há muito tempo em um Estado diferente e visam realizar um planejamento a curto prazo para resolver um problema sintomático.
Como exemplo de problema sintomático, João Batista cita a explosão de caixas eletrônicos com a utilização de dinamites nas agências bancárias da região. “Hoje o crime não fica restrito a um Estado. O Nordeste, como se trata de uma região com características comuns, apresenta alguns crimes que tem a mesma natureza seja em Sergipe ou no Maranhão”, explicou.
O secretário enalteceu o evento e atribuiu a prisão de duas quadrilhas à troca de informações entre os Estados. “Uma quadrilha que explodiu um cash do Banese no Augusto Franco em 2012 foi presa no Maranhão a partir do envio de informações de Sergipe para aquele Estado, o que permitiu que todos os membros da organização fossem presos”, enfatizou.
O comandante de área do Agreste e Região do Baixo São Francisco de Alagoas, Coronel Neuton Boia, foi enfático a atribuir a prisão de uma quadrilha, composta de 20 pessoas, na semana passada no agreste de Alagoas, a união das polícias e a consequente troca de informações. “O batalhão cuida da segurança de 45 cidades, sem informações da movimentação dos criminosos nós ficamos engessados”, disse.
Na etapa sergipana da Divisa Segura foram apresentados os dados das operações realizadas nas divisas dos Estados da região nos últimos 30 dias, como ficou deliberado no encontro realizado em fevereiro na cidade João Pessoa. O delegado Flávio Albuquerque, diretor do Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope) e organizador da etapa sergipana, disse que as estatísticas produzidas são monitoradas e os pontos fracos são corrigidos e o que está dando certo é enaltecido para servir de exemplo.
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