Um sargento da policia militar do estado de Sergipe, é baleado em troca de tiros com assaltantes de um posto de gasolina e após ser encaminhado ao HUSE e por falta de “vaga” espera a 9 dias por uma cirurgia. Ipesaude autoriza cirurgia mas não libera material cirúrgico.
A situação do sargento Gelson Souza Almeida, ferido na mão após troca de tiros com três elementos que fortemente armados acabaram ferindo o militar, está deixando grande parte dos policiais militares revoltados, já que o sargento corre o risco de ficar com sequelas por falta de atendimento.
O drama do sargento Gelson Souza Almeida, começou quando o posto de combustível Cotinguiba, localizado na avenida Beira Mar, foi assaltado por três elementos no inicio da noite do dia 21 de abril. Os três elementos chegaram em um veiculo Vectra e um dos elementos desceu do carro e de arma em punho anunciou o assalto, rendendo os funcionários e obrigando a dizerem onde se encontrava o cofre.
A policia militar foi acionada e uma viatura da 1ª Companhia do 8º Batalhão da Polícia Militar que atendeu a ocorrência, conseguiu localizar o veículo suspeito na avenida Tancredo Neves. Segundo os policiais, antes de realizar a abordagem os indivíduos atiraram contra a guarnição atingindo a mão do sargento Jelson de Souza Almeida. Os PMs revidaram e também conseguiram atingir um dos elementos suspeitos, enquanto os outros dois suspeitos conseguiram fugir.
O sargento Gelson ao ser atingido na mão, foi socorrido e levado pelos companheiros ao Hospital da policia Militar (HPM), porem lá foi informado que não havia suporte para atender o militar que foi encaminhado, por volta das 21:30h do dia 21 de abril para o HUSE, só que lá também não foi possível o atendimento ao sargento. Um policial que teve conhecimento da situação, conta que no HUSE eles foram informados que “a prioridade são os casos mais graves e o ferimento na mão do sargento não era grave”.
A partir daí, continuando a via sacra do sargento, este foi encaminhado para o Hospital Primavera, já que o militar é assegurando pelo Ipesaude. As informações são de que o Ipesaude após ser comunicado do caso, liberou a cirurgia (autorizou), só que até hoje o policial que foi ferido no dia 21 de abril, ainda não foi operado, já que o Instituto autorizou o procedimento cirúrgico mas não liberou os materiais que serão usados na cirurgia. O que não se entende é a maneira como os administradores do Ipesaude tratam essas situações alem de que, se foi autorizado a cirurgia, o porque não liberaram o resto do material necessário.
Por conta dessa morosidade o sargento Gelson Souza foi encaminhado para sua casa e continua, a 9 dias sentindo dor e esperando que o Ipesaude libere o material. Um amigo do sargento conta que o militar está sentindo dores e com medo de perder a mão atingida pela bala. “No local onde a bala atingiu ainda há alguns estilhaços e nosso colega que estava no trabalho, combatendo o crime, arriscando sua vida, pode agora perder a mão e ficar aleijado por falta de material”, reclamou o militar.
O presidente da AMESE, sargento Edgard Menezes também se mostrou constrangido e disse lamentar a forma como o estado trata os policiais militares. Edgard disse que “lamento o que esta ocorrendo com nosso companheiro o sargento Gelson. Ele não estava brincando de esconde-esconde não. Ele estava arriscando sua vida para proteger o patrimônio de um empresário. Ele estava arriscando sua vida para proteger a vida de outras pessoas, ai quando ele é atingido por um tiro não recebe atendimento”, lamentou o presidente da AMESE afirmando que “o sistema não pode tratar dessa forma um homem que arrisca sua vida para salvar a da população. É certo que nós ganhamos para isso, mas também é certo que o estado é responsável nos casos como esse que aconteceu e não podemos aceitar e nem entender com o é que pode um policial ser baleado e esperar nove dias para ser operado”, disse Edgard.
Fonte: Faxaju (Munir Darrage)
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