Revolta. Esse é o sentimento dos policiais militares, ao tomarem conhecimento de que o pistoleiro “Bili”, preso por envolvimento ao atentado ao presidente do TRE/SE, Luiz Mendonça e que acabou atingindo o segurança do desembargador, cabo Jailton, encontra-se internado no hospital da policia militar (HPM).
No inicio da tarde deste domingo, alguns militares telefonaram para redação do FAXAJU, denunciando o fato e revoltados, disseram que dariam entrada nesta segunda-feira (29), com um oficio endereçado ao comando geral e à Secretaria de Segurança, para que o pistoleiro seja retirado daquele hospital.
Na manha de hoje, em entrevista ao programa Liberdade sem Censura, o ex-comandante da PM, e gestor da caixa beneficente, coronel Péricles, disse que esteve no local para verificar se de fato, “Bili” estava realmente sendo atendido no HPM. “Nós estivemos lá e verificamos que de fato, esse cidadão está sendo tratado ali. Isso não é justo”, reclamou o coronel.
Outro gestor da ABSMSE, sargento Edgard Menezes, confirmou o que disse o coronel e denunciou que, alem de estar sendo atendido no hospital da policia, não há segurança, já que segundo ele, foi possível chegar à janela da “suíte” onde Bili está internado sem que houvesse segurança. “Não se pode dizer que foi para segurança, porque eu estive lá e cheguei perto da janela onde esse bandido está e não vi segurança nenhuma. Então é preciso que o comandante tire esse bandido de lá e leve para o João Alves”, denunciou.
Já o sargento Vieira, também gestor da AMSMSE, estão dando um tratamento Vip para um marginal. “Não é possível tratar esse elemento a pão-de-ló. Se um policial precisa de atendimento, e se ele não está credenciado pelo Ipês, ele não pode ser atendido ali. Ai eu pergunto, porque esse bandido que deixou um colega nosso em estado vegetativo, está sendo tratado a pão-de-ló”, desabafou.
Uma outra situação levantada e questionada por integrantes da Policia Militar é o fato de, caso ocorra uma complicação na saúde do “pistoleiro da suíte”, se isso não será imputado aos médicos militares. “Quem está atendo esse homem são policiais militares. Médicos, enfermeiros e assistentes, todos PMs. E se acontece alguma coisa com ele. Não vão dizer que foi retaliação. Isso que esta acontecendo é uma falta de respeito com a corporação”, cobrou um policial militar.
O atentado – O atentado ao desembargador Luiz Mendonça ocorreu por volta das 08:30 horas do dia 18 de agosto, em uma das avenidas de maior tráfego de Aracaju, no momento que ele se dirigia para o Tribunal de Justiça.
O carro que conduzia o desembargador parou em um semáforo localizado em um cruzamento que leva à ponte sobre o rio Sergipe, que liga a capital ao litoral e bairros como Coroa do Meio, Atalaia e zona de expansão. De um Honda City, estacionado logo atrás do carro do desembargador quatro homens fortemente armados o atacaram com tiros de escopeta e pistolas automáticas.
Foram exatos 38 tiros disparados praticamente à queima roupa, que não atingiram o desembargado, porque ao pressentir o ataque deixou-se entre os bancos traseiro e dianteiro do veículo.
O seu motorista, cabo PM Jailton Pereira, não teve a mesma sorte. Foi atingido por uma bala de escopeta na cabeça e ficou em coma por aproximadamente três meses na UTI do Hospital João Alves Filho. Jailton já se recuperou e está em casa, onde faz fisioterapia para recuperar os movimentos do lado esquer.
A Prisão - A polícia sergipana prendeu no final da tarde desta quinta-feira (25), em uma propriedade rural, em Petrolina, no estado de Pernambuco, três pistoleiros pertencentes a quadrilha comandada por Floro Calheiros Barbosa, e que estão envolvidos no atentado ao presidente do TRE, Luiz Mendonça.
Entre os presos, está Alessandro, mais conhecido como Bili, um dos homens de confiança de Floro Calheiros, sendo um dos que ajudou Floro na fuga, em 2008. Alessandro participou do grupo que tentou matar, no último dia 18 de agosto, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral, desembargador Luiz Mendonça, tendo inclusive confessado o atentado.
Fonte: Faxaju
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