quarta-feira, 24 de novembro de 2010

DIA NACIONAL DE COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER É COMEMORADO COM MARCHA EM ARACAJU.

Nesta quinta-feira, 25 de novembro, mais de mil mulheres de todos os cantos de Sergipe estarão organizadas para a Marcha Nacional em comemoração ao Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher. A caminhada é organizada pela Marcha Mundial das Mulheres (MMM) em Sergipe, e conta com a participação de mulheres trabalhadores do campo e da cidade de todo o Estado, além do apoio de diversas entidades da sociedade civil, como a Central Única dos Trabalhadores de Sergipe (CUT/SE), o Movimento das Mulheres Camponesas (MMC), e o Centro Feminista 8 de Março (CF8).

A concentração da caminhada será às 08h da manhã, na Praça da Bandeira, Centro de Aracaju, de onde a Marcha seguirá pela Avenida Barão de Maruim até a Delegacia de Atendimento a Grupos Vulneráreis (DAGV), localizada na Rua Itabaiana. Lá será realizado um Ato para lembrar as sergipanas mortas pela violência doméstica. Logo após, a Marcha seguirá para a Praça Fausto Cardoso, onde alguns movimentos sociais estarão expondo artesanato local e produtos da agricultura familiar.

As atividades em comemoração ao Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher continuam. Logo após a finalização da Marcha na Praça Fausto Cardoso, comissões determinadas pela organização da MMM em Sergipe irão entregar um documento elaborado pela Articulação ao Governador e à Primeira Dama do Estado, ao Ministério Público Estadual, ao Tribunal de Justiça, à Assembléia Legislativa e à Câmara dos Vereadores. O texto contém propostas concretas de ações de prevenção de combate à violência contra a mulher, bem como de proteção das vítimas.

“O nosso objetivo é solicitar que o poder público tome providências urgentes no sentido de coibir este grande mal que aflige a vida de milhares de mulheres sergipanas, garantindo, principalmente, o cumprimento da Lei Maria da Penha. A Marcha em comemoração ao Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher está bastante articulada em todos os municípios de Sergipe, e nós esperamos que nossa voz seja ouvida. Continuaremos em Marcha até que todas as mulheres sejam livres!”, declarou Maria da Conceição T. Branco, da secretaria da mulher trabalhadora da CUT/SE.

Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher

25 de novembro é o Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher, data instituída durante o 1º Encontro Feminista Latino-americano e do Caribe em Bogotá, Colômbia, em 1981. O reconhecimento desse dia se deve à memória das irmãs Mirabal, brutalmente assassinadas na República Dominicana durante o regime do ditador Trujillo, em 1960. Em 1999, a data coincidiu com a realização do VIII Encontro Feminista Latino-americano, em Juan Dolio, República Dominicana.

Em Sergipe, a atividade do dia 25 é organizada pela Articulação da Marcha Mundial das Mulheres em Sergipe. A MMM é um movimento mundial que articula entidades e pessoas que lutam em defesa dos direitos das mulheres e pela transformação da sociedade, a partir de princípios como a igualdade, liberdade, justiça, paz e solidariedade. Em nosso Estado, a Articulação da MMM ficou preocupada com o crescimento da violência contra as mulheres, constatado nas estatísticas. Até o dia 25 de outubro deste ano, os dados registrados pelo DAGV são os seguintes: 2.511 Boletins Registrados; 449 Inquéritos Instaurados; 60 Flagrantes de outras delegacias; 22 Flagrantes da Delegacia da Mulher.

“Mais alarmante ainda é o fato de sabermos que estes dados são ainda maiores, visto que muitas mulheres não denunciam as violências que vêm sofrendo por motivos diversos. Nas oficinas realizadas pela coordenação da MMM em Sergipe, nos diversos municípios, vários relatos foram feitos, relacionados à violência, sendo que em alguns casos, até com requintes de crueldade. A violência que as mulheres sofrem perpassa a questão física, e é observada também violência moral, psicológica, sexual, patrimonial, entre outras. Precisamos mudar essa cultura retrógrada e machista que desrespeita, humilha e mata as mulheres!”, assegurou Conceição.

Fonte: CUT/SE

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